A geração distribuída por meio de energia solar vem sendo notícia na mídia há algum tempo. No dia 23 de fevereiro, a Genco foi destaque no noticiário pela parceria de investimento nesse setor. Conforme noticiou o portal Valor Econômico, ao lado do Grupo Energia e a Minum, as empresas vão investir R$750 milhões até 2026.
Um investimento em sustentabilidade
Ao todo, serão construídas 60 pequenas usinas solares, com capacidade para gerar até 240 megawatts (MW). Num primeiro momento, a verba destinada é de R$250 milhões. Os outros R$500 milhões serão alocados até o prazo final, em 2026. Ao todo, 85% da verba virá da Genco, com 30% do aporte vindo de capital próprio dos sócios. O restante será financiado por dívidas.
Com relação aos serviços, ficou acertado que a Genco entrará com o capital para as usinas fotovoltaicas, com verba vinda dos antigos controladores da Focus, liderado por Alan Zelazo. Por outro lado, a Minum assume a gestão do pipeline e do desenvolvimento dos projetos, enquanto o Grupo Energia se encarrega dos serviços de engenharia.
Economia para todos
Zelazo explica que, inicialmente, a energia será vendida a clientes comerciais. Ele menciona estabelecimentos como padarias, farmácias, escritórios, mercados, restaurantes e outros de pequeno e médio porte. Nesses casos, o desconto pode chegar a 25% na comparação com as contas atuais de energia. Porém, tudo depende da área de concessão.
Segundo o cronograma de trabalho, em três anos todas as usinas devem estar em funcionamento. Por outro lado, como as usinas de geração distribuída por meio de energia solar utilizam a rede de distribuição, pode haver demora para que as concessionárias façam a conexão.
Ainda assim, Mohammad El Beitam, cofundador da Minum, se diz otimista. Para ele, uma vez que os estudos de viabilidade e pedido de parecer de acesso aos 240 MW já estão finalizados, tudo está indo na direção certa. Ou seja, ainda que haja demora para ligar as usinas à rede, outras etapas estão bem adiantadas.
Expansão das geradoras distribuídas
A agilidade que os novos parceiros vêm demonstrando para desenvolver o projeto deve-se ao senso de urgência que a sanção do marco legal gerou. Em resumo, com a regulamentação da geração distribuída aprovada desde 2022, é importante agir rapidamente para assegurar a isenção da tarifa de uso da rede das distribuidoras de energia.
Como fruto dessa corrida, a capacidade instalada para geração de energia elétrica passou de 8 GW em 2021 para mais de 27 GW neste ano. Ao todo, a geração distribuída de energia já atende 3,2 milhões de unidades consumidoras. Sendo que cada unidade consumidora corresponde à casa de uma família, estabelecimento comercial ou outro tipo de imóvel. Em todos os casos, a energia elétrica é gerada por micro ou mini usinas de fontes renováveis.
Com isso, fica claro que o investimento da Genco vai ajudar tanto a baratear as contas de energia quanto a tornar a energia consumida mais limpa. Assim, estará contribuindo para o Brasil atingir as metas de redução na emissão de carbono, gás responsável pelas mudanças climáticas.
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